MANUAL   DE PROCEDIMENTOS

 

SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA    NORMAS    E    ESTUDOS    DE    MATERIAIS    E    EQUIPAMENTOS    DE DISTRIBUIÇÃO

CÓDIGO: I-313.0002

TÍTULO: PROCEDIMENTOS PARA O ATERRAMENTO DE CERCAS

PADRONIZAÇÃO: APRE

APROVAÇÃO: RES. DDI Nº 171/2021 – 20/12/2021

ELABORAÇÃO: DVEN

VISTO: DPEP

Fonte: Celesc

 

1.FINALIDADE

Orientar as áreas técnicas de distribuição no que se refere ao aterramento das cercas próximas ou que cruzam com redes de distribuição de energia elétrica.

 

2.ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos Departamentos da Diretoria de Distribuição, Núcleos e/ou Unidades, empreiteiras e demais órgãos usuários.

 

3.ASPECTOS LEGAIS

A presente Instrução Normativa está de acordo com as recomendações descritas nas normas abaixo relacionadas.

 

4.CONCEITOS BÁSICOS

Os termos técnicos utilizados, quando não definidos explicitamente neste documento normativo, seguem as definições das normas brasileiras aplicáveis.

 

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Considerações Técnicas

É bastante comum nos sistemas elétricos a existência de cercas construídas ao longo ou cruzando as faixas de redes de distribuição.

Devido à proximidade dessas cercas ou o contato acidental com as redes de distribuição, podem aparecer correntes induzidas por efeito eletrostático ou eletromagnético ou ainda, ficarem energizadas pela rede de distribuição.

Com a finalidade de evitar acidentes, todas as cercas existentes sob as redes de alta e baixa tensão, deverão ser seccionadas e aterradas.

 

5.2. Situações que Exigem Aterramentos

5.2.1 Para o Caso de Cercas Contínuas
São estas:
a)      cercas transversais às redes de distribuição;
b)      cercas paralelas às redes de distribuição;
c)      cercas que se encontram dentro das faixas de seccionamento;
d)      cercas paralelas à configuração de aterramento;
e)      cercas transversais à configuração de aterramento;

 

5.3. Aterramento de Cercas Transversais às Redes de Distribuição

Considerando a extensão dessas cercas e a possibilidade de contato do condutor com elas, a predominância dos potenciais de toque e de transferência impedem que o problema seja resolvido apenas com o aterramento, sendo necessário a limitação da zona de influência pelo seccionamento da cerca.

Tendo em vista a possibilidade de “chicoteamento” devido ao rompimento do cabo e para evitar que o cabo rompido toque a cerca fora das linhas de seccionamento, estas devem ser localizadas a 30 metros do eixo da rede de distribuição, em ambos os lados.

Para o seccionamento da cerca, devem ser utilizados seccionadores pré-formados de cerca instalados na linha de seccionamento.

Para o aterramento, deve ser utilizada cordoalha de aço de diâmetro 6,40 mm, fixada aos arames da cerca através de amarrações pré-formadas tipo L.

O topo da haste deve ficar a uma profundidade mínima de 100 mm.

As hastes dos aterramentos das duas extremidades da faixa deverão ser interconectadas.

Os detalhes e a lista de material são apresentados nos Anexos 7.1. e 7.2. desta Instrução Normativa.

 

5.4.Aterramento de Cercas Paralelas às Redes de Distribuição

No caso de cercas paralelas às redes de distribuição, podem ser induzidas tensões eletromagneticamente durante faltas no sistema, quando existe corrente de retorno pela terra.

Quanto às tensões induzidas eletrostaticamente, raramente atingem valores apreciáveis.

Sempre que existirem cercas paralelas às redes de distribuição, dentro da faixa de 30 metros em relação ao seu eixo, esta deverá ser seccionada a cada 250 metros e aterrada em ambos os lados de cada seccionamento.

O procedimento para execução desse aterramento é o mesmo descrito para o caso anterior, porém sem a necessidade de intercalar as hastes, estando os detalhes e a lista de material apresentados nos Anexos 7.1. e 7.3. desta Instrução Normativa.

 

5.5. Aterramento de Cercas Dentro da Faixa de Seccionamento

Todas as cercas que cruzam as faixas de seccionamento, devem ser seccionadas e aterradas, não importando o número de cercas e o número de vezes que uma mesma cerca passe sob a faixa.

O procedimento para execução desse aterramento é o mesmo descrito para o subitem 5.4., estando os detalhes e a lista de material apresentados nos Anexos 7.1. e 7.3. desta Instrução Normativa.

 

5.6. Cercas Paralelas à Configuração de Aterramento

Seccionar o trecho de comprimento correspondente ao dobro da dimensão do aterramento (simetricamente à sua configuração), conforme a figura do Anexo 7.4. Não havendo possibilidade de contato acidental dos condutores-fase com o trecho de cerca resultante deste seccionamento, este deve ser mantido isolado da terra. Caso contrário, esse trecho de cerca deve ser provido de um aterramento composto de uma haste, em seu ponto central.

 

5.7. Cercas Transversais à Configuração do Aterramento

Seccionar o trecho de comprimento correspondente ao quádruplo da maior dimensão do aterramento simetricamente à sua configuração, conforme a figura do Anexo 7.5. Não havendo possibilidade de contato acidental dos condutores-fase com o trecho de cerca resultante deste seccionamento, este deve ser mantido isolado da terra, caso contrário, esse trecho de cerca seccionado deve ser aterrado:

 

5.8. Considerações

A responsabilidade pelo aterramento da cerca é da concessionária ou do proprietário do terreno, que alugar em segundo lugar, isto é, se já existir a rede, o proprietário do terreno deve, ao construir a cerca, fazer também o aterramento. Se já existir a cerca, a Celesc, ao construir a rede, deve tomar para si a responsabilidade de fazer o aterramento.

Cabe aos setores de fiscalização das áreas técnicas e de segurança a vigilância da existência desses aterramentos, bem como sua correta execução.

Os mourões adjacentes ao seccionamento feito por materiais pré-formados devem ser pintados com tinta amarela para dar maior e melhor visibilidade às áreas de fiscalização e manutenção.

A haste utilizada no aterramento deve estar de acordo com o padrão da Celesc e a conexão entre haste e cabo de aterramento deve ser de boa qualidade.

Deve ser de responsabilidade da concessionária a conscientização dos clientes quanto à importância do aterramento das cercas.

 

6.DISPOSIÇÕES FINAIS

Não há.

 

7. ANEXOS

7.1.Casos de Aterramento

7.2. Aterramentos de Cercas Transversais à Rede de Distribuição – Detalhes e Lista de Material

7.3. Aterramentos de Cercas Paralelas à Rede de Distribuição – Detalhes e Lista de Material

7.4. Cercas Paralelas à Configuração de Aterramento

7.5. Cercas Transversais à Configuração do Aterramento

7.6. Histórico de Revisões

 

7.1 Casos de Aterramento

1 – Cercas Transversais às Redes e Linhas

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

 

2 – Cercas Paralelas às Redes e Linhas

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

3.Cercas que Entram Dentro da Faixa de Seccionamento

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

 

 

 

7.2 Aterramentos de Cercas Transversais à Rede de Distribuição – Detalhes e Lista de Material

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

 

NOTAS:

1 – Alternar a direção do pré-formado tipo L em cada arame da cerca;

2 – Interligar as hastes nas duas extremidades da faixa.

 

LISTA DE MATERIAL
ITEM QUANT. DESCRIÇÃO
C-01 Varia Cordoalha de Aço 6,4 mm
F-18 2 Haste de Aterramento 2400 mm
M-26 1 por fio Seccionador Pré-formado para Cercas
M-27 1 por fio Pré-formado tipo L para Aterramento de Cerca
O-12 2 Conector para Haste de Aterramento

 

7.3. Aterramentos de Cercas Paralelas à Rede de Distribuição – Detalhes e Lista de Material

 

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

 

NOTAS:

1 –Alternar a direção do pré-formado tipo L em cada arame da cerca;

2 – Aterrar em cada lado do seccionamento.

 

LISTA DE MATERIAL
ITEM QUANT. DESCRIÇÃO
C-01 Varia Cordoalha de Aço 6,4 mm
F-18 4 Haste de Aterramento 2400 mm
M-26 2 por fio Seccionador Pré-formado para Cercas
M-27 4 por fio Pré-formado tipo L para Aterramento de Cerca
O-12 4 Conector para Haste de Aterramento

 

 

7.4. Cercas Paralelas à Configuração de Aterramento

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

7.5. Cercas Transversais à Configuração do Aterramento

 

Celesc - Empreiteira de engenharia elétrica homologada CELESC Joinville - Projeto

 

7.6. Histórico de Revisões

 

4º Revisão

Data: Dezembro de 2021

Responsável  DPEP/DVEN

 

Item Pag. Descrição
 

5.2.

 

2

Retirada necessidade da Celesc construir porteiras em cercas de terceiros
 

 

5.2.1.

 

 

2

Adicionadas situações onde a cerca interagem com aterramento de rede de distribuição
5.2.2 2 Item removido
 

5.3.

 

3

Alterado procedimento de aterramento para se adequar a NBR 16527
 

5.4.

 

3

Alterado procedimento de aterramento para se adequar a NBR 16527
 

5.5.

 

4

Alterado procedimento de aterramento para se adequar a NBR 16527
 

5.6.

 

4

Adicionados critérios para aterramento de cercas paralelas ao aterramento
 

5.7.

 

4

Adicionados critérios para aterramento de cercas transversais ao aterramento
 

7.1.

 

6

Alteradas as figuras dos casos de aterramento para se adequar a NBR 16527
 

7.2.

 

7

Alterados materiais utilizados para o aterramento das cercas
 

7.3.

 

8

Alterados materiais utilizados para o aterramento das cercas
 

7.4.

 

9

Adicionada figura dos aterramentos de cercas paralelas ao aterramento
 

7.5.

 

9

Adicionada figura dos aterramentos de cercas transversais ao aterramento

 

 

Fonte: CELESC

I-313.0002 PROCEDIMENTOS PARA O ATERRAMENTO DE CERCAS

Data: Dezembro de 2021

Responsável  DPEP/DVEN